Pesquisadores canadenses desenvolveram um meio barato, eficaz
e não-tóxico de reduzir as populações de mosquitos transmissores de doenças:
usando pneus velhos.
(CRÉDITO: CREROGER ERITJA)
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Gerardo Ulibarri, professor de química medicinal e ecossaúde
na Laurentian University, desenvolveu o equipamento, conhecido como ovillanta
(derivado da expressão em espanhol para 'pneus para colocar ovos'), para
destruir as larvas do Aedes aegypti, o mosquito bem conhecido dos brasileiros
que carrega os vírus da zika, dengue, chikungunya e febre amarela.
O aparelho acaba com a necessidade de uso de inseticidas que
podem causar danos ao ambiente e efeitos colaterais em outros insetos -
inclusive aqueles que se alimentam de mosquitos.
As armadilhas também são baratas e relativamente fáceis de
fazer, e há uma oferta quase inesgotável de matéria-prima (estima-se que 1,5
bilhão de pneus sejam descartados no mundo por ano).
Testes iniciais mostram que a ovillanta é bem eficaz. Em um
estudo de dez meses na Guatemala, pesquisadores descobriram que 84 ovillantas
instaladas em sete bairros na cidade de Sayaxche destruíram mais de 18 mil
larvas de Aedes por mês.
(Crédito: Daniel Pinelo)
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A ovillanta, que consiste em dois pedaços de meio metro de
pneu e uma válvula de drenagem em forma de tubo, imita um ambiente de
reprodução do Aedes. Um pneu rende três armadilhas.
A metade inferior do equipamento é preenchida com dois litros
de água, com as chamadas faixas de pouso: pedaços de papel Pellon ou papel de
germinação de sementes onde as fêmeas do Aedes põem ovos.
A água no aparelho deve ser drenada duas vezes por semana em
um recipiente coberto com um filtro; algo tão simples como um pedaço de pano
branco funciona bem porque a cor deixa as larvas bem visíveis, afirma o criador
da invenção.
Assista ao vídeo de demonstração:
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