domingo, 30 de maio de 2010

O caçador de urubus

(Reprodução)

Um pássaro diferente deve aterrissar no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, até o fim do ano. Sua missão será afugentar a concorrência de carne, pena e ossos: as aves e passarinhos que entram pelas turbinas dos aviões e, no ano passado, provocaram 926 acidentes no Brasil.
Pilotado por controle remoto, o falcão-robô, ou Falco-Robot Gregarious Bird Removal System, é uma espécie de aeromodelo desenvolvido exclusivamente para afugentar urubus, garças e outras aves que sobrevoam aeroportos e atrapalham o pouso e a decolagens das aeronaves.
Já usado na Europa, o pássaro mecânico foi testado no início de março por 15 dias no Galeão, a pista brasileira com a maior quantidade de acidentes envolvendo aves.
Feito com estrutura de fibra de carbono e forrado com kevlar, uma fibra sintética muito leve e resistente que também é usada em carros de F-1, esse falcão não tem peças metálicas e a fuselagem imita uma ave de verdade.
O projeto, desenvolvido durante 11 anos por pesquisadores de engenharia aeronáutica italianos e espanhóis, chegou ao Brasil no fim do ano passado.
A ideia é que os pássaros percebam que há um predador na região e não se atrevam a invadir a área de pouso e decolagem. “Sua simples presença funciona como uma ameaça”, diz Fued Abrão, coordenador da Infraero responsável pela seção de Meio Ambiente do RJ. “E é melhor que uma ave natural porque é possível ter total controle sobre o robô.
A Infraero ainda está concluindo um relatório que irá decidir se dois desses falcões-robô serão usados nas pistas do Galeão.
Se a estratégia funcionar, o projeto deve se expandir para outros aeroportos do Brasil.

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