terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Arqueologia resgata história de forte abandonado em Rondônia

Abandonado por décadas, o Real Forte Príncipe da Beira, um dos marcos mais monumentais da ocupação portuguesa na Amazônia está sendo estudado por arqueólogos para ser restaurado e, quem sabe, virar uma importante atração turística da região amazônica.

. (Foto: Reprodução/Divulgação)

A praça interna do forte tem cerca de 10 mil metros quadrados de área.

Projetada pelo arquiteto italiano Domingos Sambucetti, que morreu de malária durante a obra, a construção está localizada às margens do Rio Guaporé, na fronteira do Brasil com a Bolívia, no município de Costa Marques (RO).
A função do forte inaugurado em 1783 era guardar os limites entre os impérios português e espanhol.
Quando a ocupação da região já estava consolidada, perdeu sua função e acabou abandonado.
(Foto:Reprodução/Divulgação)

Para identificar o local em que cada objeto é encontrado, os arqueólogos dividem o sítio em quadrantes. Os da foto têm 2m por 2m.

Agora, um projeto de recuperação de fortificações do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) está permitindo conhecer melhor como era a vida dos ocupantes do Príncipe da Beira.
Mais de 40 mil peças já foram encontradas nas escavações da parte interna do forte. “Há muitos restos de fardamentos, insígnias militares. Encontramos 2.200 balas de canhão”, relata Fernando Marques, arqueólogo do Museu Paraense Emílio Goeldi que desde o ano passado desenvolve trabalho de campo no sítio.

(Foto: Reprodução/Divulgação)

Pedaços de cerâmica encontrados na parte interna do forte.

Um dos aspectos interessantes do material recolhido no trabalho de recuperação é a evidência da integração dos militares com a população da região.
Nas escavações foram encontradas “louças europeias misturadas com cerâmicas nativas", segundo relata Marques. “Dentro do espaço do forte havia capela, hospital, boticário, costureiros. E, ao lado dele, foram surgindo comunidades”, descreve o arqueólogo.
Segundo ele, suas instalações permitiam dar abrigo a cem soldados.

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