domingo, 11 de outubro de 2009

Pesquisadores da Amazônia fabricam papel com açaí e couro de peixe

(Foto: Reprodução/Inpa/Divulgação)

Papéis são produzidos a partir de matérias-primas alternativas no laboratório do Inpa. Ao centro, em branco, está o papel confeccionado a partir do pó de couro de peixe.

Pelos de caroço de açaí e pó de couro de peixe, que geralmente são descartados por indústrias da região, substituem a madeira no laboratório de celulose do centro de pesquisas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazôna).
Para transformar peixes em papel, pesquisadores utilizaram um material desperdiçado pelos curtumes. “Existem algumas indústrias que usam a pele [de peixes] para fazer couro. Quando a pele entra no fulão [cilindro giratório usado para processar o couro], cai um pó, que entra no processo de criação de pasta celulósica”, explica a pesquisadora Marcela Cavalcanti, chefe do laboratório.
O resultado é um papel especial, mais emborrachado, que pode até ser impermeável, dependendo dos produtos químicos utilizados no tratamento. “Ele serve para impressão, embalagens. Artesãos têm se interessado em usá-lo para fazer embalagens, e arquitetos, para decoração interna.”
Como as pesquisas ainda estão em andamento, os papéis ainda não são confeccionados em escala industrial.
Segundo a chefe do laboratório de celulose, ainda são necessários estudos para ver se há oferta de matéria-prima suficiente para alimentar uma fábrica que faça papéis desse tipo.

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